“Etnógrafo nativo ou nativo etnógrafo”?

Uma (auto)análise sobre a relação entre pesquisador e objeto em contextos de múltiplas pertenças ao campo

Autores

  • Wellington da Silva Conceição

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v8i1.158

Palavras-chave:

Pesquisa etnográfica, subjetividade, familiar e exótico

Resumo

Este artigo apresenta uma reflexão sobre os desafios que a pesquisa etnográfica coloca àqueles que que têm relações de múltiplas pertenças com o campo. A partir de uma análise da própria trajetória de pesquisa, e em diálogo com outros autores das Ciências Sociais, o autor reflete sobre o processo, as vantagens e os desafios que se apresentam àqueles que optam por tomar seus grupos sociais originários como objeto da pesquisa etnográfica. O texto retoma uma discussão – bastante presente nas Ciências Sociais – sobre a subjetividade do pesquisador e suas possíveis influencias em sua investigação.

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Publicado

01-06-2016

Como Citar

Conceição, W. da S. (2016). “Etnógrafo nativo ou nativo etnógrafo”? Uma (auto)análise sobre a relação entre pesquisador e objeto em contextos de múltiplas pertenças ao campo. Revista De Antropologia Da UFSCar, 8(1), 41–52. https://doi.org/10.52426/rau.v8i1.158

Edição

Seção

Dossiê Etnografias, desafios metodológicos, éticos e políticos