Apresentação: Crianças indígenas

introdução ao dossiê, estado da arte e agenda de pesquisas

Autores

  • Clarice Cohn

DOI:

https://doi.org/10.52426/rau.v11i1.270

Palavras-chave:

crianças indígenas, infâncias indígenas

Resumo

O que as crianças indígenas ensinam para a antropologia? Esta é, no meu entender, a questão de fundo que se deve debater sempre que a pesquisa antropológica debruça seu olhar sobre as crianças. O desenvolvimento da pesquisa nessa área no Brasil nas últimas décadas revela, em suas etnografias, os diversos modos de ser criança em diferentes contextos. Sendo as crianças, desde sempre, figurantes ou marginais na antropologia, esse é um campo que precisou ser aberto e desenvolvido com muito esforço. Hoje, porém, podemos afirmar que ele se encontra definitivamente consolidado, com um repertório bastante complexo de contribuições. Indicam elas que não só as crianças (ou as infâncias, ou os modos de ser criança) são diversas para cada contexto etnográfico, mas também que modelos analíticos e temas e questões as mais diversas têm que ser acionadas para dar conta dessas realidades. Demonstra-se assim que o olhar para a criança aciona uma série de modelos analíticos e contribui para os debates na etnologia. É exatamente por isso que cabe ressaltar que essas pesquisas contribuem para a antropologia e a etnologia, oferecendo-lhes um meio privilegiado de revelar a diversidade dos modos de vida no mundo, ao demonstrar como ela é, efetivamente, criada. Assim, mais do que simplesmente pesquisar crianças, está-se fazendo antropologia. E isso significa revelar algo sobre os coletivos de que as crianças são parte – e ademais, como lembra o texto seminal de Toren (1999 [1993]), nos permite ver o que está frequentemente obliterado pelos adultos. Naquele texto, ao elaborar a partir de quatro inversões de formulação dos adultos e das crianças sobre temas e questões fundamentais para os povos estudados, a autora conclui que “não podemos entender plenamente a relação entre adultos se não investigamos o que as crianças sabem sobre essas relações e como elas o sabem” (idem: 115, tradução minha).

Referências

ALVAREZ, Myriam M. 2004. "Kitoko Maxakali: a criança indígena e os processos de formação, aprendizagem e escolarização". Revista Anthropológicas, ano 8, volume 15(1).

______. 2014. "Criando espíritos, criando crianças: a construção do conhecimento". Comunicação apresentada no II Seminário Crianças/infâncias Indígenas, UFSCar.

______. 2018. Alteridade e história entre os Maxakali. Tese (Doutorado em Antropologia Social) - Universidade Federal de Santa Catarina.

CARNEIRO DA CUNHA, MANUELA. 2004. “'Culture' and culture: traditional knowledge and intellectual rights". March Bloch Conference, Ms.

______. 2009. Cultura com aspas. São Paulo: CosacNaify.

CODONHO, Camila G. 2007. Aprendendo entre pares: a transmissão horizontal de saberes entre as crianças indígenas Galibi-Marwono. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina.

COELHO DE SOUZA, Marcela. 2001. "Nós, os vivos: 'construção da pessoa' e 'construção do parentesco' entre alguns grupos jê". Revista Brasileira de Ciências Sociais. V. 16 N 46.

COHN, Clarice. 2000a. A criança indígena: A concepção xikrin de infância e aprendizado. Dissertação de Mestrado. Departamento de Antropologia, Universidade de São Paulo.

______. 2000b. "Crescendo como um Xikrin: uma análise da infância e do desenvolvimento infantil entre os Kayapó-Xikrin do Bacajá". Revista de Antropologia, v. 43 nº 2, pp. 195-222.

______. 2000c. "Noções sociais de infância e desenvolvimento infantil". Cadernos de Campo, São Paulo, v. 10, n. 9, pp. 13-26.

______. 2001a. "A experiência da infância e o aprendizado entre os Xikrin". In: Aracy Lopes da Silva e Ângela Nunes (orgs.) Crianças indígenas. Ensaios antropológicos. São Paulo, Global:MARI:FAPESP.

______. 2001b. "A criança, o aprendizado e a socialização na antropologia". In: Aracy Lopes da Silva, Ana Vera Macedo e Ângela Nunes (orgs.) Crianças indígenas. Ensaios antropológicos. São Paulo, Global:MARI:FAPESP.

______. 2005. Antropologia da criança. Rio de Janeiro: Zahar.

______. 2010. "A criança, a morte e os mortos: o caso mebengokré-xikrin", In: Horizontes Antropológicos, vol.16 no.34.

______. 2013. "Concepções de infância e infâncias. Um estado da arte da antropologia da criança no Brasil". Civitas: Revista de Ciências Sociais (Impresso), v. 13, pp. 211-234.

CORREIA DA SILVA, Rogério. 2011. Circulando com os meninos: infância, participação e aprendizagens de meninos indígenas Xakriabá. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais.

CORSARO, William A. 2005 [1997]. The Sociology of Childhood. London/New Delhi, Thousand Oaks/Pine Forge Press.

COSTA, Luiz. 2010. The The Kanamari Body-Owner. Predation and Feeding in Western Amazonia. In: Journal de la Societé des Americanistes, 96-1.

______. 2017. The Owners Of Kinship - Asymmetrical Relations In Indigenous Amazonia. Hau Books, University of Chicago Press, Nova Iorque: 304.

DEMARCHI, André. 2018. "Pinturas Terapêuticas: corpos e tintas em alguns grupos Jê". In: Poliene Soares dos Santos Bicalho; Márcia Machado. (Org.). Artes Indígenas do Cerrado. 1ed.Goiânia: Ed. PUC-Goiás, v. 1, pp. 51-82.

DESCOLA, Ph. 1986. "Le monde des jardins". In: La Nature Domestique: symbolisme et práxis dans l’ecologie dês Achuar. Paris: Ed. De la Maison des sciences de l’homme.

______. 1992. "Societies of nature and nature of society". In: KUPER, A. Conceptualizing society. London: Routledge.

______. 1998. "Estrutura ou sentimento: a relação com os animais na Amazônia". MANA. Estudos de Antropologia Social 4 (1), pp. 23-45.

______. 2005. Par-delá nature et culture, Paris: Éditions Gallimard.

ERIKSON, Philippe. 1987. "Bats-moi, mais tout doucement". In: L’Univers du Vivant. No. 20, maio. ISSN: 0764 5791.

FAUSTO, Carlos; COSTA, Luiz. 2013. "Feeding (and eating): reflections on Strathern’s eating (and feeding)". Cambridge Anthropology, 31(1), pp. 159-165.

FERNANDES, Florestan. 1976. "Aspectos da educação na sociedade Tupinambá". In: Schaden, Egon - Leituras de etnologia brasileira. São Paulo, Companhia Editora Nacional, pp. 63-86.

FORTES, Meyer. 2011 [1958]. "O ciclo de desenvolvimento do grupo doméstico". In: Cadernos de Antropologia da Editora UnB, disponível em http://www.dan.unb.br/images/pdf/serie-traducao/st%2005.pdf (último acesso 10/04/2017).

GOW, Peter. 1989. "The Perverse Child: Desire in a Native Amazonian Subsistence Economy". Man, 24(4):567-582

______. 1991. Of Mixed Blood. Oxford: Clarendon Press.

______. 1997. "O parentesco como consciência humana: o caso dos piro". Mana, 3(2), pp. 39-65.

GRANDO, Beleni S.; CARVALHO DE CARVALHO, Diana; DIAS, Tatiane L. (Orgs.). 2012. Crianças - Infâncias, Culturas e Práticas Educativas. 1ed.Cuiabá: EduUFMT.

HOLBRAAD, Martin. 2011. Can the Thing Speak? OAC PRESS Working Papers Series #7.

INGOLD, Tim. 2000. The Perception of the Environment. Essays on livilihood, dwelling and skill. London & New York: Routledge.

JAMES, A.; PROUT, A. 1990. Construction and Reconstructing Childhood. Balisingstoke: Falmer Press.

JAMES, Allison; JENKS, Chris; PROUT, Alan. 1997. Theorizing Childhood. Cambridge: Polity Press.

JAMES, Allison & CHRISTENSEN, Pia (orgs.). 2010. Research with Children. Perspectives and Practices, London/New York, Falmer Press.

LAGROU, Els. 2013. "Podem os grafismos ameríndios ser considerados quimeras abstratas? Uma refexão sobre uma arte perspectivista". In.: SEVERI, Carlo; LAGROU, Els (orgs.). Quimeras em diálogo: grafismo e figuração nas artes indígenas. Rio de Janeiro: 7Letras.

LECZNIESKI, Lisiane Koller. 2005. Estranhos laços: predação e cuidado entre os Kadiwéu. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina.

LOPES DA SILVA, Aracy; Nunes, Angela. 2001. "Introdução". In.: Aracy Lopes da Silva, Ana Vera Macedo e Angela Nunes (orgs.) Crianças indígenas. Ensaios antropológicos. São Paulo, Global:MARI:FAPESP.

McCALLUM, Cecilia. 1998. "O corpo que sabe: da epistemologia kaxinawá para uma antropologia médica das terras baixas sul-americanas". In: ALVES, PC., and RABELO, MC. orgs. Antropologia da saúde: traçando identidade e explorando fronteiras. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; Rio de Janeiro: Editora Relume Dumará.

______. 2001. Gender and sociality in Amazonia: how real people are made. Oxford: Berg Press.

MAIZZA, Fabiana. 2014. "Sobre as crianças-planta: o cuidar e o seduzir no parentesco Jarawara". Mana 20(3).

MARQUI, Amanda R. 2016. Tornar-se aluno/a indígena. São Paulo, Prisma.

______. 2017. Relações entre infância, escola e religião: etnografia dos Baniwa do Médio Içana. Tese de Doutorado. PPGAS/UFSCar. São Carlos.

MARQUI, Amanda R.; COHN, Clarice. 2011. "Tornar-se aluno(a) indígena: uma etnografia de uma escola guarani mbyá". Inter-legere (UFRN), v. 9, pp. 09 - 12,

MANTOVANELLI, Thais. 2011.Crianças invisíveis da reserva indígena Icatu, SP. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de São Carlos.

MILLER, Joana, 2015. As Coisas: Os Enfeites Corporais e a Noção de Pessoa Entre os Mamaindê (Nambiquara). Rio de Janeiro, Mauad.

MIRANDA, Xanda. B. 2014. Kunumi Rukara: terreiros de criança Asuriní. Dissertação (Mestrado). São Carlos, PPGAS/UFSCar

NAMBLÁ, Marcondes, 2015. Infância Laklãnõ: ensaio preliminar. Monografia. Licenciatura Intercultural Indígena da UFSC. Disponível em: http://licenciaturaindigena.ufsc.br/files/2015/04/Marcondes-Nambla.pdf.

NASCIMENTO, Adir C.; AGUILERA URQUIZA, Antonio H.; VIEIRA, Carlos M. N. (Ogs.). 2001. Criança Indígena: diversidade cultural, educação e representações sociais. Brasília: Liber Livro.

NOVO, Marina P. 2017. “Esse é o meu patikula”: uma etnografia do dinheiro e outras coisas entre os Kalapalo de Aiha. Tese (Doutorado), Universidade Federal de São Carlos

NUNES, A. 1999.A sociedade das crianças a’uwe-xavante: por uma antropologia da criança. Lisboa: Instituto de Inovação Educacional.

_______. 2001. "O lugar das crianças nos textos sobre sociedades indígenas brasileiras". In.: Aracy Lopes da Silva, Ana Vera Macedo e Angela Nunes (orgs.) Crianças indígenas. Ensaios antropológicos. São Paulo, Global:MARI:FAPESP.

_______. 2003. “Brincando de Ser Criança” contribuições da etnologia indígena brasileira à antropologia da infância. Tese de Doutoramento. Lisboa, Portugal: ICSTE.

OLIVEIRA, Assis. 2014. Indígenas crianças, crianças indígenas: perspectivas para construção da doutrina da proteção plural. Bahia, Juruá Editora.

OLIVEIRA, Joana C. 2012. Entre plantas e palavras. Modos de constituição de saberes entre os Wajãpi (AP). Tese (Doutorado). São Paulo, PPGAS/FFLCH/USP.

OLIVEIRA, Melissa S. de. 2004. Kyringué i kuery guarani: infância, educação e religião entre os guarani de M’ Biguaçu, SC. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal de Santa Catarina.

_______. 2005. "Nhanhembo’é: infância, educação e religião entre os Guarani de M’Biguaçu", SC. In: Cadernos de Campo vol 13 n 3.

OLIVEIRA, Assis da Costa. 2014. Indígenas crianças, crianças indígenas: perspectivas para a construção da Doutrina da Proteção Plural. Curitiba: Juruá.

OVERING, Joanna. 1988. "Personal autonomy and the domestication of the self in Piaroa Society". In.: JAHODA, Gustav; LEWIS, I. M. (orgs.) Acquiring culture: cross cultural studies in child development. London/New York/Sidney: Croom Helm.

_______. 1991. "A estética da produção: o senso de comunidade entre os Cubeo e os Piaroa". Revista de Antropologia 34.

_______. 2002 [1983-1984]. "Estruturas elementares de reciprocidade: uma nota comparativa sobre o pensamento sócio-político nas Guianas, Brasil Central e Noroeste amazônico". In: Cadernos de Campo vol 10, n 10.

PEREIRA, Levi Marques. 2001. "No mundo dos parentes: a socialização das crianças adotadas entre os Kaiowá". In: Aracy Lopes da Silva e Ângela Nunes (orgs.) Crianças indígenas. Ensaios antropológicos. São Paulo, Global:MARI:FAPESP.

PIRES, Flávia. 2007. "Ser adulta e pesquisar crianças: explorando possibilidades metodológicas na pesquisa antropológica". Revista de Antropologia, 50(1), pp. 225-270

_______. 2010. "O que as crianças podem fazer pela antropologia?". HorizontesAntropológicos, 16(34), pp. 137-157

PISSOLATO, Elizabeth. 2007. A duração da pessoa: mobilidade, parentesco e xamanismo mbya-guarani. São Paulo: Editora da Unesp.

PITROU Perig, 2016. "Ação ritual, mito, figuração: imbricação de processos vitais e técnicos na Mesoamérica e nas terras baixas da América do Sul (Introdução)". In.: Revista de Antropologia, vol 59 n1.

PROUT, A. 2005. The future of childhood. New York: Routledge Falmer.

SAHLINS, Marshall. 1997. "O 'pessimismo sentimental' e a experiência etnográfica: porque a cultura não é um 'objeto' em via de extinção (partes Ie II)". Mana 3/1 e 3/2.

SANTOS-GRANERO, Fernando. 2009. "Introduction". In: SANTOS-GRANERO, Fernando (ed) The occult life of things: native Amazonian theories of materiality and personhood. The Univerity of Arizona Press.

SCHADEN, Egon. 1945. "Educação e magia nas cerimônias de iniciação". In: Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos. n. 8, vol. III, pp. 271-274.

_______. 1976. "Educação indígena". In: Problemas Brasileiros, ano XIV, n. 152, pp. 23-32.

STRATHERN, Marilyn. 1988. The Gender of the Gift, Berkeley/Los Angeles/Londres, University of California Press.

_______. 1996. For The Motion (1). "Debate: The Concept Of Society Is Theoretically Obsolete". In: Ingold, Tim. (org.) Key Debates in Anthropology. London/New York, Routledge, pp. 60-66

_______. 1992. "Parts and wholes: refiguring relationshops in a post- plural world". In: Adam Kuper (org.). Conceptualizing Society. London: Routledge.

_______. 2013. Eating (and feeding). Cambridge Anthropology, 31(1).

_______. 2014. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify.

SURRALÉS, Alexandre 2009. En el corazón del sentido. Percepción, afectividad, acción em los Cadosh, Alta Amazonía. Lima, IFEA/IWGIA.

SZULC, Andrea; COHN, Clarice. 2012. "Anthropology and Childhood in South America: Perspectives from Brazil and Argentina". In: AnthropoChildren 1, online.

TASSINARI, Antonella M. I. 2007. "Concepções indígenas de infância no Brasil". In.: Revista Tellus, no. 13, out.

_______. 2009. "Múltiplas Infâncias: o que a criança indígena pode ensinar para quem já foi à escola ou A Sociedade contra a Escola". Comunicação apresentada no 33º. Encontro Nacional da ANPOCS, disponível em https://www.anpocs.com/index.php/papers-33-encontro/gt-28/gt16-24/1935-antonellatassinari-multiplas/file

TASSINARI, Antonella M. I.; Grando, B. S.; Albuquerque, M. A. S.. (Org.). 2012. Educação indígena: reflexões sobre noções nativas de infância, aprendizagem e escolarização. 1ed. Santa Catarina: Editora UFSC.

TOREN, Christina. 1989. For The Motion (2). 1989 Debate: "The Concept Of Society Is Theoretically Obsolete". In: Ingold, Tim. (org.) Key Debates in Anthropology. London/New York, Routledge, 1996: 60-66

_______. 1999 [1993]. "Making History: the significance of childhood cognition for a comparative anthropology of mind". In: Mind, Materiality and History. Explorations in Fijian Ethnography, London/New York, Routledge

VANDER VELDEN, Felipe. 2014. “'Bonitinha feito sorriso de criança': Relações entre infância e criação de animais entre os Karitiana, Rondônia". Comunicação apresentada no II Seminário Crianças/infâncias Indígenas, UFSCar.

VELTHEM, Lucia H. van. 2003. O belo é a fera: a estética da produção e da predação entre os Wayana. Lisboa: Museu Nacional de Etnologia: Assírio & Alvim

VILAÇA, Aparecida. 2005. "Chronically unstable bodies: reflections on amazonian corporalities". Journal of the Royal Anthropological Institute (N.S) 11.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. 1996. Os pronomes cosmológicos e o perspectivismo ameríndio. Mana 2/2.

_______. 1999. "Etnologia Brasileira". In: Sergio Miceli (org.) O que ler na ciência social brasileira 1970-1995. São Paulo/Brasília, Editora Sumaré/ANPOCS/CAPES.

_______. 2002. A inconstância da alma selvagem e outros ensaios. São Paulo, CosacNaify.

WALKER, Harry. 2009. "Baby hammocks and stone bowls: Urarina technologies of companionship and subjection". In: Santos Granero, Fernando, (org) The occult life of things: Native Amazonian theories of materiality and personhood. University of Arizona Press, Tucson, USA.

Downloads

Publicado

01-06-2019

Como Citar

Cohn, C. (2019). Apresentação: Crianças indígenas: introdução ao dossiê, estado da arte e agenda de pesquisas. Revista De Antropologia Da UFSCar, 11(1), 10–34. https://doi.org/10.52426/rau.v11i1.270

Edição

Seção

Dossiê: Crianças e Infâncias Indígenas